Mónica Teotónio | MEO Marés Vivas

Mónica Teotónio
Cartaz

Mónica Teotónio

Há algo profundamente desarmante na forma como Mónica Teotónio olha para a vida, numa constante busca e curiosidade que não limita os seus horizontes a uma só linguagem, experiência ou emoção. Por isso, não é de estranhar que essa sua forma de estar na vida se traduza, igualmente, na sua forma de estar na música. Talvez por isso seja também tentador recusar a ideia de que a música nunca fez parte dos seus planos. A música esteve sempre dentro dela – ela é que não sabia.

Nascida em família de artistas, a mais nova de três irmãos cresceu a querer ser como eles, dos jogos de computador às brincadeiras de rua. Quando pegava no comando da televisão não era, porém, para mudar os canais – era antes para encarnar a figura fadista que levava o padrasto a vaticinar “um dia, vais fazer alguma coisa na música”.

Cresce rodeada de atores e vê um dos irmãos seguir esse percurso mas a Mónica, lá está, queria fazer mais. A sua curiosidade pela existência humana leva-a ao curso de Psicologia, só que rapidamente compreende que o que quer é experimentar, procurar lados mais empíricos, como o que encontra em Comunicação Empresarial. Aos estudos, adiciona sempre atividade profissional e, concluída a licenciatura, aventura-se num curso de Realização. É como Assistente de Realização que entra no mundo da televisão, mas é como produtora que se lança como freelancer, trabalhando tanto em publicidade quanto em videoclips.

​O seu trabalho esteve constantemente repleto de imagens mas, nos seus cadernos, sucediam-se textos, expiações de momentos vividos, reflexos sobre as suas observações. O que Mónica Teotónio ainda não sabia é que esses textos, um dia, se tornariam canções.