Cláudia Pascoal | MEO Marés Vivas

Cláudia Pascoal
Cartaz

Cláudia Pascoal

Cláudia Pascoal nasceu em 1993 e encontramos as suas origens numa pequena Vila minhota: Arco de Baúlhe. É aqui que, ainda hoje, se junta com a família. Este não é apenas um dado biográfico uma vez que estas suas raízes minhotas são preponderantes na forma como tem construído a sua identidade artística. Os vídeos de temas como “Quase Dança” ou do mais recente “Eh Para a Frente, Eh Para Trás” são bem sinal disso. Aqui a cultura pop interliga-se com as raízes populares não só a nível estético, mas, sobretudo, na essência da música.

Todo o universo Cláudia Pascoal – da imagem aos videoclipes, da música à interpretação – é concebido em primeiro lugar na sua cabeça. Aos poucos, vai-se apoiando em pessoas que admira e a ajudam a criar este universo, numa equipa pluridisciplinar. Ainda assim, a batuta é sempre dela, não tivesse ela sido formada em várias áreas de conhecimento que agora aplica na sua carreira.

Os interesses de Cláudia Pascoal desde sempre foram muito diversificados. O que não se deve confundir com a incapacidade de se dedicar a uma só coisa. Mas desde muito cedo sentiu o impulso de experimentar as várias facetas da criação artística. Desenhou muito, quis ser pintora e ensinar os outros a desenhar. Foi atriz e fez musicais. Criou instalações artísticas, peças de joalharia, escreveu textos para sketches, experimentou ao de leve stand up comedy, já fez umas quantas tatuagens a amigos corajosos e ocupa grande do seu tempo a criar conteúdos audiovisuais.

Cláudia tinha 14 anos quando escreveu a sua primeira canção. No refrão, cantava qualquer coisa como “não vás tão longe, sofro de miopia sem ti”. “Ao nível de introduzir uma condição do olho caracterizada por má visão à distância, está ótimo. Agora ao nível do bom senso, está péssimo”, brinca a cantora. Com o tempo foram surgindo alguns projetos musicais. Durante o ensino secundário teve uma banda chamada 14th Floor, que chegou a tocar na Casa da Música, no Museu Nacional Soares dos Reis, e durante meio ano a atuar em estações de metro do Porto, duas vezes por semana. Mais tarde formou os Morhua, que atuaram em vários bares de jazz e festivais do país e ilhas.

Se no início a música era só algo divertido que fazia e era apenas mais uma maneira que tinha para comunicar com as pessoas, com o passar da vida transformou-se em algo bem mais sério. Como a própria diz, a música “tornou-se um desabafo, tendo um efeito quase terapêutico, e agora é uma carreira, uma profissão”.

O seu primeiro álbum, “!”, é um disco livre e descomplicado, em que coexistem sem dificuldades vários aspetos da sua personalidade. Um statement de afirmação da artista, que deixa bem vincada a sua identidade ao mesmo tempo que dá um pontapé na porta e entra sem licença no universo do pop arrojado, atrevido e confiante. De “!” fazem parte todos os singles com que a artista nos tem presenteado: “Ter E Não Ter”, “Viver” (com Samuel Úria), “Espalha Brasas”, “Quase Dança” e “Tanto faz ft. Banda Musical de S. Pedro da Cova”.

"!" é também um álbum de muitas colaborações. Neste seu primeiro disco, Cláudia Pascoal teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos artistas que mais admira. A começar pela produção, que ficou inteiramente a cargo de Tiago Bettencourt, e que também escreveu uma das canções, "Vem Também". Ao longo de “!”, podemos encontrar colaborações com Samuel Úria - no já referido single "Viver", em que também assina a autoria - e com Nuno Markl. O humorista participa logo na faixa de abertura, "PPPFFFRRR", bem como no tema "Mais Fica Pra Mim", composto por David Fonseca. “!” conta ainda com canções da autoria de Pedro da Silva Martins e Luís José Martins ("Espalha Brasas"), Miguel Lestre e de Joana Espadinha, bem como com temas da autoria de Cláudia Pascoal.